20 de abr. de 2010

O dia em que eu conheci o André Abujamra

Eu nunca fui do tipo que foi de tietar. Nunca mesmo.

Tietei duas vezes na minha vida: quando eu conheci o Paulo Barnabé (baterista e vocalista do Patife Band) e hoje, quando eu conheci o André Abujamra.

Acho que essas duas pessoas valem a pena.

Eu mal havia começado a almoçar no restaurante da Globo, quando eu me deparo com o André comendo lá.

Fiquei incontrolável! Queria falar com ele, saber se ele é legal. Nós, mortais, sempre queremos ter a certeza de que aquela pessoa, alvo de nossa admiração, é legal.

Peraí: Vocês sabem quem é o André Abujamra? Ele é um artista de verdade. Ele é multinstrumentista, compõe músicas e trilhas sonoras para filmes e programas (não que trilha sonora não seja música, vcs entendem, né?), atua e dirige. Puta cara talentoso.

Além disso, o André é mutíssimo simpático, o que me deixou hiper feliz, porque eu morro de orgulho de pessoas talentosas e legais. Morro de orgulho de admirar as pessoas "certas". Ia ser muito frustrante pedir para tirar essa foto:

e ser mal recebida.

Eu estava num dia de merda hoje, mas um puta dia ruim. A vida me sorriu e me permitiu trombar um cara que eu curto o trabalho.
Morri de vontade de pedir pra ele cantar "Juvenar", mas, no meio do almoço (meu, não dele), isso seria um tanto inapropriado.

De quebra, ainda pude assistir à execução da música "Imaginação", do álbum Mafaro - que é genial, diga-se de passagem -, que irá ao ar no Programa do Jô dessa semana.

Adorei.

Depois eu posto a foto que eu e meu irmão tiramos com o Paulo Barnabé e conto uma história sobre tietar artistas undergrounds de verdade! hehehe

Pra quem quiser conhecer mais, fica a dica: www.myspace.com/andreabujamra

18 de abr. de 2010

De repente eu percebo que eu estou mais debilitada que a minha bisavó que fará 96 anos em alguns dias.

Eu fiz uns 5 minutos de um exercício (meio puxado, confesso, mas foram só 5 minutos!!!) e estou toda dolorida... Ridículo...
Além disso, estou com dor de cabeça diária, dor no dedão da mão direita, afta na bochecha esquerda, dor na lombar, dor nos ombros, dor de estômago... Envelheci uns 30 anos na última semana.

Essa vida de comer mal, dormir pouco e mal, ter que estudar, trabalhar e suportar o trânsito da capital paulista está me matando.

Socorro: preciso de um dia com mais horas, de horas mais bem utilizadas, de usos mais necessários, de necessidades mais justificáveis, de menos justificativas. Detesto me justificar.

Preciso de um travesseiro novo, de um cérebro menos de gasto e de dinheiro. Basta.

5 de abr. de 2010

Carne viva




Escrevendo um e-mail para um amigo (dentro da minha definição conturbada do que pode ser amigo), falei que aqui eu ficava em carne viva.

Eu já fiquei em carne viva, mas de uns tempos pra cá eu mal sangro.


Só um momento enquanto eu me desnudo de minha pele politicamente hidrata e correta...


...Eu me tornei um ser de conveniência e me proíbo de falar muitas coisas, falo em códigos e faço piadas internas (só eu rio).

Não faço isso por bem ou por mal. Apenas tive que me tornar isso à medida que progredi profissionalmente - fato é que a internet, como terra de todos e, portanto, de ninguém, possibilita que qualquer um possa me ler, inclusive alguém que eu esteja criticando.

Eu não minto aqui. Eu não digo o que não sinto e, por conta disso, passo tanto tempo sem postar nada. Sei que se eu escrever o que eu estou sentindo naquele dia de fúria, acabarei fazendo menções claras a alguém (minha raiva, meu ódio são muito poderosos e me dominam de tal forma que eu perco o meu raciocínio - fundamental na hora de dizer-sem-dizer coisas ruins sobre uma situação ou alguém), o que pode me prejudicar.


Acho que essa "trava social" é um desserviço ao meu blog, porém é ela que torna um ser sociável, político e, em certa medida, agradável.



Estamos vivendo um momento muito estranho e confuso com relação ao politicamente correto. Ele - o politicamente correto - é algo excelente e que colabora para uma maior tolerância, pois é um exercício de alteridade. Mas o politicamente correto está se impregnando em campos que, a meu ver, distorcem a realidade e o humor.



No Twitter há uma grande discussão sobre o "Humor do bem". O Danilo Gentili, num certo dia, fez uma piada "de mau gosto" com a Hebe, o que acarretou milhões de tweets de críticas.Os humoristas se uniram para se defender - por meio de piadas - e defender uma causa maior: o direito ao riso.



Não vou entrar em discussão aqui, mas acho um saco sermos censurados pelo politicamente correto. Por isso, eu tenho evitado me expor, como era de meu gosto, por aqui.



Ressalto que, não é porque eu não fico mais em carne viva, que eu minto. Apenas deixo para sangrar entre as quatro paredes de meu quarto - um lugar bagunçado, quente e a salvo do politicamente correto e das críticas de quem, mesmo sem me conhecer, se sente no direito de me corrigir.



Ao invés da tequila, tenho ficado com a coca-cola, mas vou tentar doar uma gota de sangue a mais para esse copo sem fundo.