17 de out. de 2008

Apenas uma mulher comum...

Olá!
Faz tempo que eu não escrevo aqui, ?!
Lamento dizer que não senti saudades, mas esse blog se tornou aquele filho ingrato e distante com o qual e tenho que me relacionar ainda que não o deseje.
Está tudo muy bien em minha vida por agora, mas não estou nem um pouco afim de falar de mim, então vou falar de um filme ao qual eu assiste outro dia e mexeu muito comigo.
"Orgulho e Preconceito" - é um filme relativamente famoso com uma atriz famoso e com um roteiro típico de filmes de época. Ele não tem nada de mais, mas não sei como eu me apaixonei pelo filme!
Gostei dos cortes, das falas, das personagens, das soluções.
Gostei muito.
Passei três dias remoendo meus sentimentos aflorados por esse filme.
Após pensar muito eu cheguei à uma conclusão:

sou romântica!

Fiquei atordoada em pensar que eu sou extremamente romântica e fiquei tão comovida, pois queria aquela história para mim!
Todo mundo casava com todo mundo sem ao menos saber como era o beijo daquela pessoa, mas amava o jeito como ela andava, dançava, falava, as poucas palavras trocadas eram sempre significativas, o colo à mostra era sensual.

Comum.

Nunca vou saber explicar de uma maneira equivalente o que eu sinto quando vejo a esse filme, mas é realmente conturbante.
Sinto falta de um mundo mais romântico...

Piegas.

Talvez o tempo esteja me adocicando ao invés de me azedar... Assim são os bons vinhos e assim podem ser as mulheres que convivem com homens que não as amargam.
Não posso confirmar que eu estou em busca da felicidade, pois apesar de romântica, tenho boas noções da realidade, mas busco ao equilíbrio que talvez me traga uma paz interior que talvez eu a nomeie um dia como felicidade.

Não desisti e isso foi árduo.

Olha só! Adoro me contar, não?!
Disse que não falaria de mim e acabei usando um filme para me expor.. Mulheres....

10 de jun. de 2008

Salve simpatia!

Bem, vamos atualizar as informações e aproveito a hora para também dizer que estou pensando seriamente em abandonar meu Blog.
Nada trágico, mas eu tenho sido muito displicente e eu quero me livrar de tudo em que sou displicentes, pois ela é sinal de desinteresse.
Planejo montar posterior um outro Blog com outra "cara", outra proposta, outro tudo, não obstante comigo.
Talvez anuncie aqui, talvez não.
A USP... Ah... Saudosa USP... Ficou no passado. Eles invadiram a reitoria, a FFLCH é sempre muito hippie e eles param por qualquer coisa... Daí eu fiquei gastando uma grana para ir e voltar da facul, chegar lá não ter aula.
Conheci o Victor que foi me colocando no eixo enquanto me erguia do chão e prefiria ficar com ele ao invés de ir lá e saber que não ia ter aula. Eis que eu descubro que Literatura Francesa TINHA aula, mas ela mudava de sala sempre.
Enfim, a displicência e a falta de auto-conhecimento levaram ao abandono do meu intercâmbio.
Feio? Com certeza.
Decidi cursar Rádio e TV, pois achei que o curso tinha tudo a ver comigo!
Entrei em uma facul meio fraca e de playboy (mas não sabia disso até entrar lá) e comecei o curso.
Percebi que eu era uma das mais velhas da sala e tive a fantástica oportunidade de conhecer 3 pessoas maravilhosas (daquelas que são capazes de mudar completamente sua vida): Gisele, Maurício e Daniel.
A Gisele e o Daniel davam aula juntos (uma puta novidade para minha cabeça quadrada) e era uma loucura! Ela fala muito, quase sem parar, mas tudo de uma forma claro e simples - ensinava a História do Rádio e se não fosse ela, teria desistido do curso antes, mas por ela desisti depois.
O Maurício é um musicólogo formado na USP e que só queria tirar sua grana lá na Anhembi e para isso tinha que se sujeitar a dar aulas do que fosse requisitado - eis que ele caiu em semiologia. Musicólogo louco + semiologia = aulas fantásticas.
Ele deu um puta trabalho de análise de imagem e eu aprendi muito com esse cara (Ah! ele vai lançar um livro sobre a influência da música do Brasil período colonial nos dias de hoje - bem louco, né?).
O Daniel tinha um aspecto frágil, mas é um cara muito antenado, muito disposto a ajudar e que sabe muito de acústica do som.
Ele e a Gisele foram tudo para mim naquele semestre. Sua imensamente grata a eles.
No fim do semestre a Gisele me falou que me achava fantástica, mas não para o que aquele curso proporciona, pois ela me achava muito intelectual e falou: Pô, volta para Letras, cara, mas volta para a UNESP! (por coincidência ela é de Rio Preto também e curso Tradução na mesma UNESP que eu, acho que por isso ela deu uma adotada em mim...).
Eu pensei, pensei, pensei, olhei pro meu namorado, senti, pensei, arrumei um bom emprego, pensei, pensei, Mackenzie?, pensei, pensei, fodeu. Fiquei em São Paulo e abandonei a UNESP.
Por amor? Sim! Por trabalho? Não. Por orgulho? confesso que sim também.
Estou no Mackenzie, cursando Letras, achando tudo meio boçal ainda que interessante e aprendendo minha terceira língua: Espanhol!
Confesso que a gente erra e cansa de errar, mas tenho certeza que tudo vai dar certo, porque está dando.
Estou feliz com o meu namorado, estou feliz com minha casa, com minha vida - nada é como eu sonhei (por enquanto), mas tudo é melhor do que eu esperava.
Agradeço todas as pedras, pois criou calos fortes e agora eu posso pisar em qualquer solo que, por mais adverso que seja, será macio.

4 de jun. de 2008

Um post para Maria...

O post de hoje é dedicado para uma mulher muito linda e especial: Maria, colega de trabalho que sempre me fazia companhia durante os meus almoços sem graça.
Hoje eu cheguei no meu trabalho e todos estava meio assustados e preocupados com a Maria... Ela havia passado mal e ido para o hospital, mas ninguém tinha notícias.
Quando voltei do meu almoço, que havia sido mais solitário que o normal, pois faltava a Mary, vejo todos chorando.
Doeu, dói e não sei até quando meu olhos irão arder ao pensar nela.
Apenas uma palavra e um acontecimento tão pesado, tão... não tenho mais sentimentos. Aneurisma.
Saí de perto de todo mundo e foi chorar forte no banheiro e como doía!
Eu pensava: por que? porque isso foi acontecer desse jeito tão violento?
E não conseguia entender a morte por muitos minutos. Pensei no Schopenhauer e sua filosofia de aceitação da morte, mas não dava! É foda demais!
Quando voltei à loja, ainda chorando manso, tenho o relato de como foi...
Me contam: perguntei o que ela estava sentindo. Ela respondeu, virou a cabeça para mim, sorriu e tombou no chão.
Meus pensamentos, sentimentos, meu todo, vai estar com a Maria.
Eu fico a imagem dela toda feliz por tantas coisas! Era uma pessoa que, apesar de faxineira, de não ter grana, de não ver a família há anos, de um monte de coisas ruins, ela era feliz demais!
Essa é a Maria linda que eu tive a sorte de ter tido na minha vida:
"Maria, Maria
É o som, é a cor, é o suor
É a dose mais forte e lenta
De uma gente que rí
Quando deve chorar
E não vive, apenas aguenta
Mas é preciso ter força
É preciso ter raça
É preciso ter gana sempre
Quem traz no corpo a marca
Maria, Maria
Mistura a dor e a alegria
Mas é preciso ter manha
É preciso ter graça
É preciso ter sonho sempre
Quem traz na pele essa marca
Possui a estranha mania
De ter fé na vida...."
Um post de silêncio, tristeza e vazio.

5 de mar. de 2008

O que será que será?

Vai ser?
Vai deixar de ser?
Bem, venho dizer que é difícil abalar minhas estruturas. São solidificadas diariamente a base de muita sova, muito cal, muito suor, muito soro, muita raiva, muita saudade, muita falta...
Faz falta.
Não sei quem tem pretensão (se é que existe pretensão nisso) em querer ser o Pasquale e me corrigir em meus textos.
Queridos, aqui não tem norma da língua Portuguesa, aqui tem baderna, caos, bagunça, soluços e desabafos.
Quer a Gramática Normativa? Vá procurar pelo Celso Cunha ou Bechara, mas Pasquale e Renata nãooooooo!
Dane-se a Gramática, eu quero falar! Escrever o que eu quiser sem ter ninguém me ditando as normas que eu viso esquecer quando estou nesse espaço MEU.
Neste exato momento em que escrevo em meu blog, estou trabalhando.
Meu trabalho envolve em primeiro lugar paciência, muita paciência.
Agora, por exemplo, eu estou louca para ir embora.
Desculpem, mas um caso que merece um pouco mais de cuida me furta.
Até mais.



P.S. Admito que senti saudades....