29 de mai. de 2009

PAUSA!


Como exímia estudante que eu sou (ha-ha-ha), ficarei umas duas semanas sem atualizar o blog, pois estarei em semanas de provas finais na faculdade.

É triste. É chato. É cansativo. Mas juro que estou calma.

Volto com novos posts - não esqueço que estou devendo um post sobre a Virada Cultural para o meu irmão - e um pouco mais tranquila.
Enquanto estou longe, degustem:
a quem interessa o fracasso
do outro por que nos interessa
o fracasso ou a dor de viver
é mais forte que o abraço
(por que na despedida o beijo
só então inadiável por que
as mãos nos cabelos apenas
antes da morte os corpos se encontram)
eu lhe ofereço este cansaço
talvez você se interesse
talvez você morra de astúcia
tome seu café e saia
(Marcos Siscar)
Abraços,

Renata M.

21 de mai. de 2009

Por onde andei?

Tenho que admitir que sou completamente relapsa com minhas amizades.
Eu amo meus amigos, amo mesmo; só tenho dificuldade de regar a plantinha todos os dias!
Outro dia comprei um pé de manjericão e o negócio morreu em uma semana... Quando lembrei dele, já estava todo esturricado...seco...
Tenho esse problema grave... É um amnésia de contato, mas não de sentimentos.
Lembro de pelo menos uns 3 de meus amigos todos os dias...

Hoje mesmo eu lembrei do dia que o Neto arrotou na aula de Latim e o Aquati quase arrancou nossas cabeças - eu ri tanto.

Sou um mar de lembranças. Não esperava saber pela internet que uma das pessoas mais significantes de minha vida e adolescência está esquentando uma vidinha dentro dela!

Ela está lá se sentindo mãe e queria poder compartilhar isso comigo, mas eu fui incapaz de estar por perto.


Dia 4 de Julho vou pra Rio Preto pro chá-de-bebê dela com um presente bem lindo, encho aquela linda de beijos, peço milhares de desculpas, peço pra ela deixar eu fazer parte da vida do pequeno Gabriel, peço pra ela não me esquecer nunca, peço pra ela me avisar do nascimento que eu vou mil vezes pra Rio Preto pra conhecer o Gabriel.


Eu amo tanto meus amigos... Eu amo tanto.

Eu sei que parece que não! Que parece que eu não nem aí, que eu sou fria e o escambau, mas gente, eu amo e tenho dificuldade em lidar com isso!



Uma outra pessoa extremamente especial tem me ensinado - sem querer - a lidar com esse carinho de amigos. A Carol me ensina todos os dias que devemos demonstrar o que sentimos por nossos amigos.

Acho que algumas pessoas me traumatizaram tanto que eu precisei da Carol pra entender que não é assim pra sempre.
Queria não ter nunca tido contato com a Michelle, pois ela me mostrou que pessoas não sabem ser responsáveis por aquilo que elas cativam, mas sabem fazer um bom uso do ser cativado.

Não suporto ser sapato velho.

Mas passado o ressentimento fica o Gabriel. Ele vai vir cheio de vida, talvez com olhos lindos da mãe, talvez com uma boquinha desenhada, talvez com um queixo delicado, talvez com pernas fortes, talvez com um chorinho doce.


Quero deixar claro para os meus poucos amigos que, mesmo longe e sem ligar (no sentido de telefonar) para vocês, eu quero saber de tudo; eu quero participar de tudo! Não quero perder nada que marque vocês, porque eu amo cada segundo que nós teremos juntos!


Ric, sei que não estive do seu lado num momento difícil, mas me preocupei com você a cada segundo!


É foda não ter dinheiro pra ligar pra todos, mas eu não esqueço nada.



André, Mari, Ric, , Ike, Ju, Bela, Neto, Lês, Carla, Junior, Marcia, Ludo, Carol, Fernanda, Tonhão, Tusky, Bitu, mãe, pai.


"You´re always on my mind".

7 de mai. de 2009

Do Amor...


Ele me pegou num dia em que eu queria qualquer um que fosse bonitinho e meio inteligente. Não foi antes. Não foi na festa de despedida, não! Lá, eu nem me apaixonei. Senti o gosto e aprovei, só. Mas foi naquele dia, que aconteceu.


Eu andava muito mais sozinha do que meu normal. É óbvio que tinha montes, pencas, manadas de "amigos", mas eles não serviam pra preencher um espaço mínimo de vazio em mim, apenas me faziam rir e beber (muito).


Eu achava que sabia do amor e do amar, mas naquela época não entendia nem o Amor que sinto pelo meu pai, minha mãe, meu irmão e minha vó (todos diferentes entre si). Achava que já tinha amado um "homem" e que não saberia amar duas vezes (mesmo porque nunca acreditei que é possível amar - de verdade - mais que uma vez na vida).


Não estou desmerecendo as paixões que tive antes do amor em minha vida, apenas estou situando as coisas em seu devido lugar.

Como saber se agora não é mais uma paixonite (mais severa que as anteriores)?

Sabendo. Sinto aqui dentro de mim, espalhado por todo meu corpo uma alegria doida de saber que somos nós. Não quero mais ninguém, só ele. Quero esse sentimento nosso, quero essa felicidade nossa, quero essa Renata que só voltou a existir porque ele passou a existir.


É difícil entender sentimentos. Na verdade, é impossível entender sentimentos, por isso são sentidos, não pensados.


Foi naquele dia fraco pra mim que encontrei o Amor.

Não quero narrar nada do que aconteceu naquele dia... Não dá pra descrever, mas soube naquele mesmo dia que iria amá-lo até hoje.


O cheiro dele, o olhar, a boca, o hálito, os cabelos, as mãos, os pelos, a voz, o jeito, as falas, os pensamentos, a forma como ele respira, a forma como ele fala, a criatividade, o sorriso (lindo demais!), o movimento que os lábios dele fazem para me chamar, o silêncio dele, a risada, o choro, o carinho, o sussurro, o consolo que ele me dá, a força, a vitalidade, o todo.


Amo e descobri que amo sentindo.

Pela primeira vez na minha vida, senti que amo e não me questionei. Não pensei: será que amo? Isso é Amor?

Apenas abri minha boca inconscientemente num dia gostoso e falei que o amava e ele retribui com a mesma emoção, com o mesmo batimento cardíaco, com a mesma força.


Hoje faz dois anos e um mês que ele aceitou estar socialmente comigo, namorando.

Faz dois anos e uns dois meses e pouco que tive certeza que a partir daquele dia besta iria conhecer o Amor.

Faz dois e uns dois meses que ele alegra meus dias (às vezes entristece, às vezes enlouquece, às vezes ...) e me dá a possibilidade de compartilhar da vida dele.


Já o Amor que tenho pela minha família fica pra outro post.


Degustem:

Crônica de Amor


Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não-fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta.


O amor não é chegado a fazer contas, não obedece a razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar. Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais. Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca. Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera. Você ama aquela petulante. Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores que ela deixou a seco. Você gosta de rock e ela de chorinho, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina o Natal e ela detesta o Ano Novo, nem no ódio vocês combinam.


Então?


Então que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome. Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário.


Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro, e é meio galinha. Ele não tem a maior vocação para príncipe encantado, e ainda assim você não consegue despachá-lo. Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita de boca, adora animais e escreve poemas. Por que você ama este cara? Não pergunte para mim. Você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes os irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem o seu valor. É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura por computador e seu fettucine ao pesto é imbatível. Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém... Com um currículo desse,criatura, por que diabo está sem um amor?


Ah, o amor,essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados. Não funciona assim. Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível. Honestos existem aos milhares, generosos tem às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó! Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é!


Roberto Freire

5 de mai. de 2009

Falta tempo.

Queria escrever milhares de coisas aqui! Estou um saco cheio de fatos e sentimentos pra contar, mas me abstenho disso pela falta de tempo.

Camões me chama para uma infeliz análise de duas estâncias d'Os Lusíadas. Assim que puder, eu volto.

Talvez eu reclame da Virada Cultural... Talvez eu coloque um poema...

Enquanto isso, se entretenham com esse programa: "Whose line is it anyway".