27 de mar. de 2010

Descobri hoje que...

... Mario de Andrade estava certo: Amar é um verbo intransitivo.

24 de mar. de 2010

Eu tenho sido muitas saudades...
Eu tenho sido tanta falta que ou me deixo muito vazia ou muito cheia de mim.
Não tinho tido versos que me completam. Tenho gargalhado até tossir, ficado vermelha com o chopp e olhado através das pessoas.
Tem uma personagem brigando para sair de mim, mas eu não sento para ela sair. Eu não paro. Eu tenho medo da compulsão que ela vai criar em mim. Tenho medo de perder minha identidade por me deixar ser tomada por ela de forma tão desenfreada que não precisarei mais de vivências.
Acho que tudo que eu vivo é pra alimentar as narrativas que virão... E elas virão.

As cervejas funcionaram: sono.

Vou compartilhar um site que eu tenho curtido muito no meu trabalho: www.stereomood.com

Se vocês tiverem algum site de música bom, por favor, deixem a dica.

Buenas noches, chicos y chicas...

17 de mar. de 2010

De manhã, eu tenho sono. À tarde, tédio. E, quando anoitece, acordo e fico assustada com minha disposição.
Quero ler, mas não me concentro em nenhuma frase.
Quero falar com alguém, mas todos dormem.
Quero gritar, mas meu pudor me freia.
Quero chorar, mas meu pudor me freia.
Quero dormir, mas não posso.
Não dá e não é simples. Preciso de ajuda...

15 de mar. de 2010

Pax de trois

Daí ele vem e me diz que "as palavras são insuficientes, não mostram a verdade"...
Não preciso dela.
Não a quero e nem a sinto.
Ele versifica que eu arrasto tudo pra dentro de mim; que eu sou como um imã. Não. Como o pólo positivo de um imã e que o mundo todo e tudo são pólos negativos.
Eu só sorrio.
Ele me diz: "Creio que foi o sorriso,/o sorriso foi quem abriu a porta. /Era um sorriso com muita luz/lá dentro, apeteceia/entrar nele, tirar a roupa, ficar/nu dentro daquele sorriso./ Correr, navegar, morrer naquele sorriso".*
Suspiro e soluço e tremo e me inqueito.
Depois dele, não há mais paz.




*Os versos são do poeta Eugénio de Andrade