18 de nov. de 2010

Um conto.

Enquanto ele anda num chão esburacado, em altos e baixos e quedas; ela anda num solo duro de nuvens de um jeito suave, mas tão determinado, tão ciente de si que quase nos confunde com agressividade, mas é suavidade determinada.
Ela diz que não leva jeito com as palavras, confunde gostar com amar, casar com namorar e acha que é tudo igual. O que são palavras perto do que eu sinto?
Ele fica puto. grita, xinga, manda se fuder e pede perdão. Ela ganha sempre.
Ela sempre vai ganhar, porque ele rasgou seu peito com as próprias unhas só para ela ver seu coração batendo. Porque ele, quando fala difícil, tenta disfarçar suas fraquezas. Porque ele é fraco. Ela, não. Ela tem aquele jeito doce que dá vontade de morder e matar e morrer por ela.
Ela vai sempre levá-lo no bico. Ela vai sempre bebê-lo como água. Ele terá que mastigá-la muito para tentar engolí-la. Ele só pensa. Pensa e chora. Pena e implora para ela o perdoar, porque ele foi grosso. Mas não era ela quem tinha errado primeiro? Não sei mais! Foda-se quem errou. Eu quero ela, eu amo ela, eu preciso dela pra ser mais eu.
Eu me encontrei no peito dela. Eu durmo bem quando ela está comigo. Quando a respiração dela canta nos meus ouvidos. Quando o calor do corpo dela me faz suar.
Ela constrói a ponte que leva esse corpo sadio, mas cansado pra lá. É ela quem constrói a ponte. Ela nem sabe que faz isso. Ele nunca vai confessar que ela constrói o caminho pra ele pisar firme, porque ela é segurança. Ela é. Ele sente.

Meu mundo ficaria completo (com você).

22 de out. de 2010

Apenas mais um post de...

"Como quando alguém entra na sua vida e metade de você diz: 'Você não está preparada.' Mas a outra metade diz: 'torne-o seu para sempre.'"

Num filme mediano com o vampirinho do crepúsculo, eu li essa fala. Chorei com o filme. Chorei com a minha semana. Chorei muito nos últimos tempos.

4 de set. de 2010

Mais um sentimento que eu não sei sentir

Há pouco tempo contei que eu não sei sentir saudade. Realmente não sei. Não sei sentir isso porque eu preciso engolir a vida, o mundo e as pessoas tudo de uma vez e eu detesto ter que fazê-lo de forma comedida.
Assumo há tão pouco tempo a minha falta de manejo para lidar com um sentimento tão comum, porque eu era um tanto cega para ele.

Eu sempre achei o ciúmes totalmente venenoso, pois ele nunca vem sozinho. Se você sente ciúmes, você prepara um coquetel de sentimentos, mas não é um coquetel qualquer, é um coquetel à base de insegurança.

Sou uma das pessoas mais inseguras que eu conheço e já conheci (e que se foda se irão me julgar fraca e manca por essa assunção).

Sou extremamente frágil e não é de graça que eu tenho uma tatuagem escrita "Frágil" e "Impulso" - Eu me quebro fácil. A única diferença entre mim e uma outra frágil qualquer, é que eu disfarço minha fragilidade com arrogância. Assumo um olhar austero, sem brilho, uma respiração pausada e uma temperatura corporalbaixa, controlada. Por dentro, estou com a garganta dolorida por conta da minha semicontrolável vontade de chorar.

Eu choro muito e sempre, mas proporciono períodos de seca ao meu canal lacrimal (que não dura tanto).

Por uma besteira qualquer, minha fragilidade se mostrou maior que a minha vontade de falseá-la - já automatizada pelos anos de prática - e eu me senti pequena e indefesa contra mim mesmo.

Por uma besteira qualquer, meus sentimentos começaram a atacar meus próprios sentimentos.
Hoje já não era um dia bom. Achei 3 estrelas no céu de São Paulo hoje e senti que era um sinal de sorte - mania de ser feliz.

Enfim, tomei meu coquetel de ciúmes e torço para que me corpo consiga expeli-lo o quanto antes, mas a insegurança e a saudade fazem com que o coquetel penetre completamente e fundo em minhas veias.

Não, não tenho vontade de chorar. Seria uma desonestidade com minha arrogância. Vou me manter chateada e quieta até passar.

Amanhã viajo a trabalho e terei um dia para evitar esse assuntos e me abster do coquetel. Tarefa difícil é me livrar da saudade e do medo que eu tenho de ele partir.

Me torno menor com esse post? Me torno infantil? Não sei... Ao menos tornei sincera.

13 de jul. de 2010

Aquilo que eu não sei sentir

Crise. Acordei em crise hj.
Coisa estranha. Coisa difícil de sentir. Difícil, não na concepção de coisa rara, mas naquela de coisa complicada... É isso mesmo o que eu quero dizer? Sei lá...
Sei que acordei me sentido metade. Acordei sentindo que muito pouco, ou quase nada, importa pra mim.
Quis vir ao trabalho cedo, porque o trabalho anula minha vida pessoal - até alguém me perguntar dela e eu correr para o meu blog pra dar um grito, buscando aliviar o peito, a mente e os dedos.

Preciso sentir de tudo. Eu sou muito intensa... Só eu sei o quanto eu sou intensa... Eu não sei entrar com as pontas dos dedos dos pés. Eu mergulho de cabeça e acho natural o choque de cada queda. (Não que eu goste de todas as quedas e suas consequências, mas eu as entendo bem e até concordo com elas).

Um pedido de socorro: eu não sei sentir saudade.
Eu não nasci pra esse tipo de coisa... Preciso correr pra minha cidade Natal, porque a saudade é grande e o sentimento de solidão também.

Sinto meus dedos e braços relaxarem... Confessei a saudade... Uma saudade tão igual e distinta das outras que eu já senti...

Vou voltar ao trabalho nesse Dia Mundial do Rock. Me sinto menos pesada e com nada resolvido.

7 de jul. de 2010

Espelho

Imagem distorcida pela minha cabeça confusa.

Alguém quer me dar um Vale-Freud? Obrigada.

23 de jun. de 2010

Eu tive medo

Hoje eu posso dizer que eu realmente tive medo. Tremi, suei e chorei ao pensar que eu poderia perder uma das pessoas que eu mais amo na minha vida.

"Está tudo bem com ele", me disseram, mas eu queria estar lá. Queria que ele me visse e ficasse tranquilo. Queria vê-lo e ficar tranquila.

Hoje eu não durmo, mal como e mal respiro, porque eu preciso saber se ele vai estar bem.

Amo muito e sempre e a vida me prova que é o mínimo que eu devo e posso fazer...

Se eu te perder, eu me perco e eu só soube disso hoje. De verdade mesmo, só hoje, pois antes tudo não passava de mero achismo.

17 de jun. de 2010

Um post de aniversário (de novo)

No dia 14 de Junho, eu fiz 25 anos.

Não postei nada no dia, porque ele foi movimentado demais, pois caiu numa segunda-feira e eu tive prova de Literatura Portuguesa III e depois tive que trabalhar.
O lado bom de fazer 25 anos continuam sendo os presentes. O lado ruim, desde que eu fiz 22 anos, passou a ser "ficar mais velha". Não quero que ninguém se ofenda com o meu ficar mais velha, pois digo isso baseada apenas em minha experiência.
Fiz essa ressalva, porque muitas pessoas se mostraram indignadas com o fato de eu achar que estou envelhecendo - e aniversariar não é isso? Por acaso eu rejuveneço a cada aniversário? Eu sou o Benjamin Burton e não sei? Acho que não, né? Acho que posso dizer que envelheço do baixo de meus 25 anos, enquanto, você, do alto dos seus mais de 25, se sente hiper idoso a cada respiração!

Foi um aniversário excepcionalmente bom. Não tive festa, mas recebi ligações, e-mail, scraps e tweets muito bacanas, porque muito carinhosos. Ganhei uma melissa linda (que machuca o pé) e tive muiiiiito carinho do meu namorado!
Além disso, recebi mimos virtuais do meu querido Leandro (um novo amigo muito engraçado); o primeiro parabéns do trabalho foi do Julio Cesar (um carioca bala na agulha); um sms de uma amiga linda que eu morro de saudades, me fez querer vê-la imediatamente... O pessoal do meu trabalho foi lindo! Eles que me deram a melissinha linda! Todos muito queridos!

Meu irmão foi o último do dia a me ligar, enquanto os meus pais foram os primeiros, mas a ordem dos fatores não altera o produto.

Adorei a simplicidade desse aniversário. Eu realmente me chateio com com o fato de que todos nós iremos envelhecer. Às vezes eu queria ser eterna, pois somente com a eternidade eu teria a chance de vencer todos os meus medos, conhecer todas as cidades do mundo, aprender pelo menos mais o japonês e o alemão (adoraria ler Nietzsche original) e ter meu francês, inglês e espanhol fluentes! Poderia ler todos os livros do mundo que eu tivesse vontade, porque eu teria a garantia temporal para tudo!

Veria o mundo evoluir, ficaria horrorizada com as repetições da moda. Na verdade, ficaria horrorizado com a repetição do mundo, porque tudo é muito cíclico mesmo. Eu já vi a moda de hoje nos 80 fácil, mas isso é divertido. Adoro releituras.

Dei uma licença saúde para os meus CDs do Rancid e do NOFX, porque meu lance tem sido Bob Dylan.

Cansei de escrever por hoje. Volto amanhã ou depois!

Agora vou preparar minha mala e meu coraçãozinho (vou ver meu pai, meu cachorro e meus amigos) para um final de semana prometedor!

29 de mai. de 2010

Eu sinto sua falta todos os dias

Estou aqui, num dos finais de semanas mais solitários dos últimos tempos, assistindo a um filme que se chama "Estão todos bem".

Ainda estou no começo do filme, mas resolvi pará-lo para escrever aqui, porque é assim que eu funciono. Se a emoção me inunda, eu deságuo aqui.

O filme conta a história de um pai que esperava todos os filhos para um final de semana, mas todos cancelaram a vinda - por conta das vidas muito atribuladas - de última hora.

Eu chorei baldes com isso. Chorei porque eu moro longe dos meus pais e sou a pessoa que mais cancela as visitas por conta de uma vida atribulada.

Eles sempre me entendem, eles sempre me dão força e eu sempre fico bem comigo, pois sinto que, como eles realmente compreendem que levo uma vida um pouco cansativa, não preciso ficar com peso na consciência. Fiquei agora. Fiquei ao ver essa cena de um pai triste porque os filhos não vêm.


Eu falo diariamente com a minha mãe, o que me aproxima muito dela. Fora isso, eu nunca tive muitos problemas com ela. A gente sempre se deu e sempre fomos carinhosas uma com a outra.

Com meu pai a coisa sempre foi diferente: brigávamos diariamente, ele queria que eu fizesse coisas que eu não queria fazer, queria que eu estudasse, quando eu queria sair, obrigava a comer comidas que eu detesto e outras coisas a mais.


Depois que eu saí de casa, passei a valorizar mais minha família e a me dar melhor com meu pai. Ele se tornou uma outra pessoa. Ele é tão dócil e carinhoso comigo agora... Justo agora, que ficou mais fácil amá-lo, eu o vejo menos e o faço para priorizar a faculdade, o trabalho, o namoro, mas acho que ele vale muito mais a pena, sabe?


Hoje, ao invés de eu estar aqui em casa, lendo os livros para a minha Iniciação Científica, eu queria estar com ele, mesmo que ele estivesse dormindo, eu só queria estar por perto, poder ouvir o ronco dele, poder acordar ouvindo ele tagarelar na cozinha. Coisas assim... fáceis, triviais.


Às vezes, eu queria voltar no tempo e fazer escolhas diferentes. Não tenho muita certeza se as coisas valeram a pena... Eu lamento muitas coisas e não devia ser assim.

Acho que com 24 anos, deveria carregar menos peso no meu coração. Deveria ser mais tranquila e bem resolvida, mas a saudade que eu sinto de toda a minha família é foda.


É foda ter a mãe no Rio de Janeiro, o pai, o irmão e o cachorro no interior de SP, sendo que os 4 estão a cerca de 6 horas de mim. Eu quase não falo com meu pai, pois nós dois temos pouca grana pra ficarmos nos ligando e não usamos recursos como skype e msn. Isso só agrava a saudade que eu sinto dele e de falar com ele.

Sinto falta até dos esporros! Que merda isso!


Minha mãe sabe o quanto eu a amo e sinto a falta dela, mas meu pai não sabe. Acho que meu pai nem imagina, mas eu penso nele todos os dias sem falta e de forma, muitas vezes, involuntária. É um ato instintivo do meu coração pensar nele e na minha mãe e no meu irmão.


As pessoas acham que eu sou um monolito. Pensam que eu sou inabalável, porque sou muito enérgica, tenho uma personalidade forte, falo palavrões pacas, e me imponho sempre que julgo necessário, mas, na verdade, sou frágil e impulsiva - como registra a minha tatuagem no pulso. Tenho medo de errar, tenho medo de decepcionar meus pais, tenho medo de fazê-los sofrer, tenho medo de que eles se sintam sozinhos, porque não estão sozinhos! Eu penso neles sempre!


Essa coisa de passar o dia lendo, sem falar com ninguém deixa a gente mais emotiva.


Desculpem-me pelo desabafo, mas eu precisava falar isso: pai, sinto sua falta todos os dias e tenho registrado em minha memória a sua imagem dormindo na minha sacada! Foi um dos meus melhores dias em São Paulo. Acho que foi um dos meus melhores dias, porque a sua presença aqui humanizou a cidade, deixou-a mais riopretense, mais "lar" que "casa".


Amo tanto que não caibo em mim e transbordo nesse blog. Mas não pego o telefone pra ligar... Vai me entender...

20 de abr. de 2010

O dia em que eu conheci o André Abujamra

Eu nunca fui do tipo que foi de tietar. Nunca mesmo.

Tietei duas vezes na minha vida: quando eu conheci o Paulo Barnabé (baterista e vocalista do Patife Band) e hoje, quando eu conheci o André Abujamra.

Acho que essas duas pessoas valem a pena.

Eu mal havia começado a almoçar no restaurante da Globo, quando eu me deparo com o André comendo lá.

Fiquei incontrolável! Queria falar com ele, saber se ele é legal. Nós, mortais, sempre queremos ter a certeza de que aquela pessoa, alvo de nossa admiração, é legal.

Peraí: Vocês sabem quem é o André Abujamra? Ele é um artista de verdade. Ele é multinstrumentista, compõe músicas e trilhas sonoras para filmes e programas (não que trilha sonora não seja música, vcs entendem, né?), atua e dirige. Puta cara talentoso.

Além disso, o André é mutíssimo simpático, o que me deixou hiper feliz, porque eu morro de orgulho de pessoas talentosas e legais. Morro de orgulho de admirar as pessoas "certas". Ia ser muito frustrante pedir para tirar essa foto:

e ser mal recebida.

Eu estava num dia de merda hoje, mas um puta dia ruim. A vida me sorriu e me permitiu trombar um cara que eu curto o trabalho.
Morri de vontade de pedir pra ele cantar "Juvenar", mas, no meio do almoço (meu, não dele), isso seria um tanto inapropriado.

De quebra, ainda pude assistir à execução da música "Imaginação", do álbum Mafaro - que é genial, diga-se de passagem -, que irá ao ar no Programa do Jô dessa semana.

Adorei.

Depois eu posto a foto que eu e meu irmão tiramos com o Paulo Barnabé e conto uma história sobre tietar artistas undergrounds de verdade! hehehe

Pra quem quiser conhecer mais, fica a dica: www.myspace.com/andreabujamra

18 de abr. de 2010

De repente eu percebo que eu estou mais debilitada que a minha bisavó que fará 96 anos em alguns dias.

Eu fiz uns 5 minutos de um exercício (meio puxado, confesso, mas foram só 5 minutos!!!) e estou toda dolorida... Ridículo...
Além disso, estou com dor de cabeça diária, dor no dedão da mão direita, afta na bochecha esquerda, dor na lombar, dor nos ombros, dor de estômago... Envelheci uns 30 anos na última semana.

Essa vida de comer mal, dormir pouco e mal, ter que estudar, trabalhar e suportar o trânsito da capital paulista está me matando.

Socorro: preciso de um dia com mais horas, de horas mais bem utilizadas, de usos mais necessários, de necessidades mais justificáveis, de menos justificativas. Detesto me justificar.

Preciso de um travesseiro novo, de um cérebro menos de gasto e de dinheiro. Basta.

5 de abr. de 2010

Carne viva




Escrevendo um e-mail para um amigo (dentro da minha definição conturbada do que pode ser amigo), falei que aqui eu ficava em carne viva.

Eu já fiquei em carne viva, mas de uns tempos pra cá eu mal sangro.


Só um momento enquanto eu me desnudo de minha pele politicamente hidrata e correta...


...Eu me tornei um ser de conveniência e me proíbo de falar muitas coisas, falo em códigos e faço piadas internas (só eu rio).

Não faço isso por bem ou por mal. Apenas tive que me tornar isso à medida que progredi profissionalmente - fato é que a internet, como terra de todos e, portanto, de ninguém, possibilita que qualquer um possa me ler, inclusive alguém que eu esteja criticando.

Eu não minto aqui. Eu não digo o que não sinto e, por conta disso, passo tanto tempo sem postar nada. Sei que se eu escrever o que eu estou sentindo naquele dia de fúria, acabarei fazendo menções claras a alguém (minha raiva, meu ódio são muito poderosos e me dominam de tal forma que eu perco o meu raciocínio - fundamental na hora de dizer-sem-dizer coisas ruins sobre uma situação ou alguém), o que pode me prejudicar.


Acho que essa "trava social" é um desserviço ao meu blog, porém é ela que torna um ser sociável, político e, em certa medida, agradável.



Estamos vivendo um momento muito estranho e confuso com relação ao politicamente correto. Ele - o politicamente correto - é algo excelente e que colabora para uma maior tolerância, pois é um exercício de alteridade. Mas o politicamente correto está se impregnando em campos que, a meu ver, distorcem a realidade e o humor.



No Twitter há uma grande discussão sobre o "Humor do bem". O Danilo Gentili, num certo dia, fez uma piada "de mau gosto" com a Hebe, o que acarretou milhões de tweets de críticas.Os humoristas se uniram para se defender - por meio de piadas - e defender uma causa maior: o direito ao riso.



Não vou entrar em discussão aqui, mas acho um saco sermos censurados pelo politicamente correto. Por isso, eu tenho evitado me expor, como era de meu gosto, por aqui.



Ressalto que, não é porque eu não fico mais em carne viva, que eu minto. Apenas deixo para sangrar entre as quatro paredes de meu quarto - um lugar bagunçado, quente e a salvo do politicamente correto e das críticas de quem, mesmo sem me conhecer, se sente no direito de me corrigir.



Ao invés da tequila, tenho ficado com a coca-cola, mas vou tentar doar uma gota de sangue a mais para esse copo sem fundo.

27 de mar. de 2010

Descobri hoje que...

... Mario de Andrade estava certo: Amar é um verbo intransitivo.

24 de mar. de 2010

Eu tenho sido muitas saudades...
Eu tenho sido tanta falta que ou me deixo muito vazia ou muito cheia de mim.
Não tinho tido versos que me completam. Tenho gargalhado até tossir, ficado vermelha com o chopp e olhado através das pessoas.
Tem uma personagem brigando para sair de mim, mas eu não sento para ela sair. Eu não paro. Eu tenho medo da compulsão que ela vai criar em mim. Tenho medo de perder minha identidade por me deixar ser tomada por ela de forma tão desenfreada que não precisarei mais de vivências.
Acho que tudo que eu vivo é pra alimentar as narrativas que virão... E elas virão.

As cervejas funcionaram: sono.

Vou compartilhar um site que eu tenho curtido muito no meu trabalho: www.stereomood.com

Se vocês tiverem algum site de música bom, por favor, deixem a dica.

Buenas noches, chicos y chicas...

17 de mar. de 2010

De manhã, eu tenho sono. À tarde, tédio. E, quando anoitece, acordo e fico assustada com minha disposição.
Quero ler, mas não me concentro em nenhuma frase.
Quero falar com alguém, mas todos dormem.
Quero gritar, mas meu pudor me freia.
Quero chorar, mas meu pudor me freia.
Quero dormir, mas não posso.
Não dá e não é simples. Preciso de ajuda...

15 de mar. de 2010

Pax de trois

Daí ele vem e me diz que "as palavras são insuficientes, não mostram a verdade"...
Não preciso dela.
Não a quero e nem a sinto.
Ele versifica que eu arrasto tudo pra dentro de mim; que eu sou como um imã. Não. Como o pólo positivo de um imã e que o mundo todo e tudo são pólos negativos.
Eu só sorrio.
Ele me diz: "Creio que foi o sorriso,/o sorriso foi quem abriu a porta. /Era um sorriso com muita luz/lá dentro, apeteceia/entrar nele, tirar a roupa, ficar/nu dentro daquele sorriso./ Correr, navegar, morrer naquele sorriso".*
Suspiro e soluço e tremo e me inqueito.
Depois dele, não há mais paz.




*Os versos são do poeta Eugénio de Andrade

15 de fev. de 2010

(...) And our lives are forever changed...

Não importa que eu te conheça desde os meus 14 anos... 10 anos de amizade?
Não importa esse tempo! Nós não somos mais as mesmas... Não me identifico mais com você por mais que ainda te ame muito - e mesmo achando que você não mereça esse amor, eu não consigo me livrar dele.
Você e eu não somos mais aquelas amigas que fomos um dia e isso é estranho.
Agora você leva uma vida infantil de uma adulta precoce - muito precoce diga-se de passagem. Você me conta seus problemas sem se importar com os meus.
Você lamenta dores que eu considero leves arranhões.
Você fez escolhas sem tê-las feito e agora, tenho certeza, não gosta do que vê.
Você ama coisas que você desconhece, porque você nunca conheceu nada que não fosse seu umbigo.
Você me faz rir com seu jeito patético de pensar. Você pensa? Parece que só reage e isso é algo bestial. Dizem que até cachorros pensam. Meu cachorro, com certeza, é uma companhia melhor que você.

Este texto não é de desamor. Eu queria falar que nós mudamos. Eu queria falar que isso é bom, mas, no fundo, nem eu acredito nisso.
Uma vez mudadas, nunca mais seremos as mesma. Isso é tão óbvio, né?
Estou soando patética, mas terrível reconhecer que eu não tenho mais nada a ver contigo e que vc cagou pra mim!

Eu dou um riso nervoso toda vez que penso nisso. Eu não queria mais te ver. Eu queria fazer como faço com a imagem dos meus avós falecidos: guardar a última imagem bela que eu tenho!
Não quero fotos, nem vídeos! Quero aquela imagem que eu tenho de eu sentada no colo do meu avô, ele vendo o jornal e eu vendo o pedaço do peito sem pêlo dele que escapa pela camisa aberta.
Quero aquela imagem da minha avó sorrindo pra mim na porta da casa dela, com aquela roupa batida que eu sei o cheiro de coração.
Quero aquela imagem sua correndo que nem uma louca de macacão perto da sua casa, naquele dia que a gente tomou um porre adolescente e você caiu por minha culpa! Você estava linda naquele dia, feliz!

Quero para mim só o que as pessoas tem de bom, eternizar isso em mim!
Não quero cicatrizes, porque são involuntárias... Quero tatuagens escolhidas à dedo pela minha saudade.

É uma pena...

14 de fev. de 2010

O que eu faço comigo?

Desde que eu me dou por gente, eu não consigo me organizar em meu espaço em casa.
No trabalho, parece que eu tenho TOC de tão absurdamente organizada, mas em casa não! Parece que eu me esforço tanto no trabalho que em casa eu preciso me largar, me deixar bagunçar tudo!
Não dá mais!
Aqui está insurpotável! Tem roupa até em cima do fogão, pode?!
Eu tenho vergonha da minha empragada chegar aqui amanhã, ver essa putaria e me abandonar! hahaha

Saio da internet para entrar no meu quarto, dessa vez mais arrumado!

Beijos!

22 de jan. de 2010

Não estou conseguindo escrever mais nada aqui.

Lamento.

6 de jan. de 2010

o que eu quero esse ano

Esse ano pela primeira vez na minha vida [desde que eu tenho consciência dela] eu não fiz promessas de ano novo. Nunca as cumpro mesmo. A diferença é que elas me fazem começar o ano cheia de esperanças de que esse ano será diferente, esse ano eu cumprirei minhas promessas, esse ano vou emagrecer, esse ano vou voltar a dançar, esse ano vou ver mais minhas família. Nunca faço porra nenhuma!
Não fiz. Me poupei do esforço, mas pensando em minha vida, em como eu irei levá-la esse ano, pensei em algumas coisas que eu quero que aconteçam.
Não vou querer emagrecer. Não sou gorda. Não sou satisfeita com meu corpo, mas acho que jamais o serei.
Não vou querer um emprego melhor. Graças a mim, minha família (e isso inclui meu namorado e família) [e a Deus?] eu consegui! Entrei em um lugar que tem tudo para ser fantástico!
Não posso negar que alguns colegas/amigos torceram por mim de uma forma muito fofa e acho que isso me ajudou mto. Tive mais força e mais vontade de fazer as coisas e diminuir essa mania que eu tenho de não acreditar em mim.

O que eu quero:

Quero tomar menos coca-cola. Meu, isso vai acabar me matando e destruindo meus ossos, mas é um vício tão prazeroso... É o meu cigarrinho (já que não fumo).

Quero fazer um outro blog completamente diferente desse, pois já cansei de ter vontade de abandonar esse aqui. Não consigo parar de escrever aqui - outro viciozinho?

Quero arregaçar no trabalho novo. Quero trabalhar pacas, fazer essa oportunidade valer a pena. Fazer a distância que eu terei que percorrer para ir e voltar do trabalho (semelhante à que eu percorria para ir para o trabalho antigo) valer a pena.

Quero ser mais calma e sentir menos ódio. Eu tenho uma tendência odiosa de odiar com facilidade. Eu não deixo de gostar de nada nem ninguém - eu odeio.

Quero cozinhar mais, afinal de contas, eu adoro cozinhar.

Quero fazer minha Iniciação Científica com prazer, apesar do sofrimento.

Quero arregaçar no TCC.

Quero me formar.

Quero que meu namoro seja cada vez mais mágico e fantástico.

Quero que dê tudo certo com as mudanças próximas na vida da minha mãe.

2010 tem vai ser "o" ano.
Vai ser decisivo. Vai mudar a minha vida de uma forma diferente dos outros anos.
Eu quero me expandir esse ano e só lamento não ter o tempo nem o dinheiro necessários para eu poder voltar para o ballet...

Feliz Ano Novo e que ele seja sensacional!

Abraços e beijos,

R.