15 de fev. de 2010

(...) And our lives are forever changed...

Não importa que eu te conheça desde os meus 14 anos... 10 anos de amizade?
Não importa esse tempo! Nós não somos mais as mesmas... Não me identifico mais com você por mais que ainda te ame muito - e mesmo achando que você não mereça esse amor, eu não consigo me livrar dele.
Você e eu não somos mais aquelas amigas que fomos um dia e isso é estranho.
Agora você leva uma vida infantil de uma adulta precoce - muito precoce diga-se de passagem. Você me conta seus problemas sem se importar com os meus.
Você lamenta dores que eu considero leves arranhões.
Você fez escolhas sem tê-las feito e agora, tenho certeza, não gosta do que vê.
Você ama coisas que você desconhece, porque você nunca conheceu nada que não fosse seu umbigo.
Você me faz rir com seu jeito patético de pensar. Você pensa? Parece que só reage e isso é algo bestial. Dizem que até cachorros pensam. Meu cachorro, com certeza, é uma companhia melhor que você.

Este texto não é de desamor. Eu queria falar que nós mudamos. Eu queria falar que isso é bom, mas, no fundo, nem eu acredito nisso.
Uma vez mudadas, nunca mais seremos as mesma. Isso é tão óbvio, né?
Estou soando patética, mas terrível reconhecer que eu não tenho mais nada a ver contigo e que vc cagou pra mim!

Eu dou um riso nervoso toda vez que penso nisso. Eu não queria mais te ver. Eu queria fazer como faço com a imagem dos meus avós falecidos: guardar a última imagem bela que eu tenho!
Não quero fotos, nem vídeos! Quero aquela imagem que eu tenho de eu sentada no colo do meu avô, ele vendo o jornal e eu vendo o pedaço do peito sem pêlo dele que escapa pela camisa aberta.
Quero aquela imagem da minha avó sorrindo pra mim na porta da casa dela, com aquela roupa batida que eu sei o cheiro de coração.
Quero aquela imagem sua correndo que nem uma louca de macacão perto da sua casa, naquele dia que a gente tomou um porre adolescente e você caiu por minha culpa! Você estava linda naquele dia, feliz!

Quero para mim só o que as pessoas tem de bom, eternizar isso em mim!
Não quero cicatrizes, porque são involuntárias... Quero tatuagens escolhidas à dedo pela minha saudade.

É uma pena...

14 de fev. de 2010

O que eu faço comigo?

Desde que eu me dou por gente, eu não consigo me organizar em meu espaço em casa.
No trabalho, parece que eu tenho TOC de tão absurdamente organizada, mas em casa não! Parece que eu me esforço tanto no trabalho que em casa eu preciso me largar, me deixar bagunçar tudo!
Não dá mais!
Aqui está insurpotável! Tem roupa até em cima do fogão, pode?!
Eu tenho vergonha da minha empragada chegar aqui amanhã, ver essa putaria e me abandonar! hahaha

Saio da internet para entrar no meu quarto, dessa vez mais arrumado!

Beijos!