1 de dez. de 2009

Novo Orkut


Recebi um convite há uma semana e tralalá para esse novo orkut e tenho que dizer o que ele representa para mim agora: nada.


O que já não era grande coisa antes se tornou agora algo dispensável.
Ele está com muitas características do Facebook, porém continua poluído visualmente.


Tenho 5 convites.


Se alguém quiser perder tempo por lá, fale.


3 de nov. de 2009

Finalmente!

Finalmente posso dizer que há muita coisa legal rolando (e para rolar) na minha vida!
Posso dizer que descobri o sentido (e o sentimento) da fé. Acredito muito em mim e em tudo que pode acontecer!
Quando as coisas derem certo, eu conto aqui o que é, mas posso adiantar que são dois sonhos imensos que podem ser realizados a qualquer momento - um ainda depende demais de mim e do meu empenho; o outro está nas mãos do destino!

Tô feliz pra caralho!!!!!

Beijos!

22 de out. de 2009

A merda de ser só uma.

Meu amigo mais querido vai se casar depois de amanhã e eu não estarei lá.
Ele me avisou muito em cima da hora e eu já tinha compromisso de horas anteriores.
Ele é um filha da puta que não se propõe a me ligar pra falar que vai se casar, apenas manda recado e eu mudava constantemente de celular.
Ele me faz falta todos os dias e eu não devo fazer tanta, pois ele nem me ligou pra me chamar pro casamento.
Ele me deixa emocionada sempre que eu o vejo e ele também.
Ele me deixou muito triste de não ter me dado o direito de me programar pra esse evento, pois ninguém entende o quanto eu gosto de participar da vida de quem eu amo e eu o deixei triste falando que não iria porque não me programei.
Ele é um palhaço que sempre cuidou de mim e eu sou uma escrota que sempre dei bronca nele.
Ele já não reconhece mais a minha voz...
Ele logo mais esquece de mim...
Mas ele não vai esquecer que eu não fui ao casamento dele...
Ele não vai mais me entender como antes...
Ele não vai mais tomar cerveja e comer salame comigo...
Ele é um viado, desgraçado que devia ter tido a porra do cuidado de me ligar pra eu no casamento!
AMIGOS LIGAM CARALHO!
Sei que ele se importa comigo e queria que eu fosse, mas porque não me ligou, mandou um e-mail, um scrap ou o próprio recado com um mês de antecedência?
Eu teria dinheiro, manejaria meu tempo, mudaria meus planos e daria risada, abraços e lágrimas nos meus amigos de tanto tempo no dia 24.10.
Por que as pessoas sempre escolhem o mais difícil?
Por que?

6 de out. de 2009

A vingança é um prato que se come frio...





...Mas o meu está congelado.

Ando muito irritada, nervosa, tensa.

Não tenho conseguido fazer muitas piadas no meu dia-a-dia, tô um saco de ser humano!

A Sandy não demonstra nenhuma chance de melhora... Enquanto isso, no lustre do castelo, meu e-mail come solto!

Descobri uma oportunidade de eu talvez ir para os EUA, mas tenho que ter muita sorte e me dedicar ao máximo ao meu inglês (em cuja prova eu devo ter sido o maior fracasso na última segunda-feira).

Sou boa em muita coisa, mas não me acho excelente em nada.

Tenho me sentido sem dons, sem talento (vazio triste...triste).

Meu namorado hoje me disse algo tão lindinho que me iluminou: 'Você é aquele número que a gente aposta na Mega-Sena a vida inteira porque acredita que vai dar certo!'

Ele é foda. Demais.

No mais, estou tentando lidar com o 'Maus' (um dia eu vou escrever um post sobre esse livro!), com o 'Amor de Perdição', 'Coração, Cabeça, Estômago' entre outros livros...
Assim que eu começar a digerir o Maus pra minha Iniciação Científica, vou contar um pouco sobre o Art Spiegelman (autor) e sobre o livro, pois vale mto a pena!

Quem estiver com tempo disponível para lê-lo (e tiver R$40,00 para comprá-lo), faça-o! É uma fonte histórica e lírica inesgotável!

That's it.










17 de set. de 2009

E a vida me supreende... de novo!

Quando eu acho que conheci seres humanos baixos (no que diz respeito ao caráter), surgem mais e mais.
Parece haver um buraco negro que semeia essas pessoas no mundo para que o conflito jamais deixe de existir!
Não mais chão firme em lugar algum...
Minha confiança precisa zerar, minha vida precisa chegar ao caos para que o equilíbrio volte a existir.
É incrível como uma garota de 18 anos com cara de "Sandy" pode ser tão cruel, cínica e mentirosa.
Descobri hoje que nada aprendi quanto a lidar com a falsidade.
Nada aprendi com relação à vida profissional e me sinto agora frágil e estúpida, sendo vítima de ações impensadas de uma garota pequena, muito pequena.
Me sinto uma babaca em ser tão trapaceada por pessoas que não são mestres em trapaça! Como eu posso cair assim?
Como as pessoas conseguem mentir olhando nos olhos?
Qua capacidade é essa e por que eu nasci desprovida dela?
Eu posso destruir minha vida, mas não minto olhando nos olhos de ninguém.
Minha ética é um fardo em um lugar tão desumano e aos poucos vou aprendendo que não vi nada ainda da desumanidade.
Eu não sei expressar o que eu estou sentido, mas é um mal-estar... um vontade de gritar e mandar tudo mundo tomar no cu.
Vontade de falar tudo o que eu penso!
A merda de trabalhar por dinheiro é isso: você tem de aprender a se calar sempre.
Onde estava minha cabeça quando eu não pensei em mentir para queimar os outros (se bem que aqui eu não precisaria nem mentir pra queimar... a verdade seria o suficiente).
Eu estou perplexa! Essa é a palavra: perplexidade.
Não consigo acreditar.
Vou sair daqui o quanto antes e achar um lugar que me pague e me permita ser quem eu sou.
No fundo da minha alma, eu sei que mereço outra coisa.
Eu vou buscá-la. Custe o que custar.

Sorry por tantos clichês, mas se eu não gritar aqui, eu explodo.

9 de set. de 2009

09.09.09

Uma data a ser postada!
Nasceu o Gabriel e eu estou doida pra abraçá-lo!
No mais, anda tudo no tédio, mas funcionando bem ainda que estranhamente. 8:D

Perhapiness...

31 de jul. de 2009

A parte que eu não gosto

Que não há na vida que não tenha um lado desgostoso, todos sabem. Não há nada de novo nesse post, portanto, se você esperava novidades no las tengo.
Ontem fui ver as peripécias do bruxinho peralta Harry Potter. Para mim, o lado bom do filme é o mesmo que uma blogueira que eu acompanho ressaltou - os romancezinhos.
Já a parte que me desagrada é o tempo - que filme longo (tenho de ser honesta e acrescentar que só assiti o primeiro filme da série e que não sou nada fã do bruxinho. Só fui assistir esse filme porque o namorido insistiu e a Claro deixou eu pagar 50% de um ingresso e o outro sair na faixa).

O lado bom do meu trabalho é o pagamento no final do mês, os benefícios e algumas pessoas.
O lado ruim... Melhor não comentar... pode me comprometer, mas juro que assim que eu puder, eu desabafo, porque esse lado ruim é como se eu tomasse doses homeopáticas de veneno.

O lado bom de morar é São Paulo é ficar perto do Victor, da Carol (que mora em Cotia, mas ok), das Mega livrarias, de lojas que eu amo passar por elas para passar vontade, da parte cult e cool da cidade.
O lado que eu não gosto é a poluição, o trânsito e todos os clichês que todos falam daqui.

O lado bom do Mackenzie são alguns professores, alguns alunos, as bibliotecas e... só.
O lado ruim é todo o resto.

O lado bom de ser cliente Claro é que eu tenho meia-entrada no Cinemark ever!
O lado ruim são os preços das ligações, dos SMS e a falta de promoção para o meu plano (Controle R$84.00). Um absurdo!

O lado bom de ser eu é ter os amigos e família que eu tenho, a minha inteligência, meu carisma, minha perspicácia, meus manejos, meu raciocínio e meu dom.
O lado ruim é ter meu estômago, minha impaciência, minha inteligência (para algumas coisas limitadíssima), minha raiva, meu ódio, minha falta de paz, minhas crises existenciais.

A parte que eu não gosto da minha vida é a distância de quem eu amo demais, é a rotina (detesto e sei que é outro clichês), é a pressa para tudo acontecer, é fazer unha e ela estragar no mesmo dia, é o apartamento bagunçado, é a aunsência do meu cachorro (ou de um cachorro), é a falta de grana e o estresse que ela me causa, é o pagar contas, é não realizar meus sonhos, é a insatisfação diária que me tira o sono e me faz chorar uma vez por mês.

14 de jul. de 2009

Boicote ao Henrique Goldman



Caros leitores,

Não sei quantos de vocês souberam de um texto que o diretor do filme "Jean Charles", Henrique Goldman, publicou em sua coluna na revista Trip. O texto se chama "Carta aberta à Luísa" (quem não o leu, por favor, leia) e seu subtítulo é “nosso colunista pede desculpas públicas à empregada da família com quem transou, contra a vontade dela, quando tinha 14 anos” - preciso falar mais?

Tudo bem. Henrique Goldman e a revista Trip alegam que é tudo ficcional, mas se é histórinha besta, porque essa chamada tão pessoal? Colunista = Henrique Goldman, não é?

Se fosse eu a colunista, teria tido o cuidado (já que é ficcional) de não confundir autor com personagem, minha vida com a história contada. É um cuidado meio básico, acredito eu.

Ficção ou não, o que importa é o relato em si. Não vejo um pedido de desculpas. Ele, aliás, espera que Luísa - a empregada estuprada - não se lembre "daquela tarde" como algo tão ruim e ele ainda espera que ela possa RIR do que aconteceu. O QUÊ? Rir? Isso foi uma piada? Que humor ácido, Sr. Henrique... tsc tsc tsc...
A publicação do texto não é recente, foi em 29.09.2008, mas eu só tomei contato com ele hoje (14/07) por meio de um blog bem bacana que eu só descobri hoje também. O blog é Marjorie Rodrigues e ela escreveu uma carta para o garanhão incapaz - "Carta aberta a Henrique Goldman". Lá ela diz tudo o que se passou pela minha cabeça ao ler a carta e creio que valha a pena ler o post dela também.

A Marjorie diz que irá boicotar o "Jean Charles" e todas as demais produções do Sr. Goldman. Eu sempre achei que boicotes não funcionam e sempre detestei as pessoas que os propunham (Boicote ao McDonald's, à carne vermelha, à Coca-cola), pois sempre senti muita hipocrisia e modismo neles, mas pela primeira vez vou aderir ao boicote.

Tive nojo, muito nojo. É um flashback dos tempos do que o próprio autor do texto cita "Casa-Grande e Senzala". No mínino, lamentável.

A Marjorie disponibiliza em seu post uma outra Carta Aberta a Henrique Goldman muito boa e que vale a pena ser lida.

P.S. Só para esclarecer: eu não sou feminista, nem machista, nem carrego bandeiras de nenhuma ideologia. Acredito piamente no respeito para com os seres humanos e demais animais.




30 de jun. de 2009

Um silêncio honesto


Sei que todos estão com uma overdose de Michael Jackson, mas só queria expressar meu lamento por essa perda.


Sendo muito honesta, já não sentia mais a preseça dele há tempos - o que não torna a morte dele menos abrupta, menos forte.


Todos sabemos o que o mundo perdeu. A Arte perdeu.


Sei que esse post soa igual a tudo e gratuito demais, mas não poderia jamais deixar esse acontecimento passar em branco.




29 de mai. de 2009

PAUSA!


Como exímia estudante que eu sou (ha-ha-ha), ficarei umas duas semanas sem atualizar o blog, pois estarei em semanas de provas finais na faculdade.

É triste. É chato. É cansativo. Mas juro que estou calma.

Volto com novos posts - não esqueço que estou devendo um post sobre a Virada Cultural para o meu irmão - e um pouco mais tranquila.
Enquanto estou longe, degustem:
a quem interessa o fracasso
do outro por que nos interessa
o fracasso ou a dor de viver
é mais forte que o abraço
(por que na despedida o beijo
só então inadiável por que
as mãos nos cabelos apenas
antes da morte os corpos se encontram)
eu lhe ofereço este cansaço
talvez você se interesse
talvez você morra de astúcia
tome seu café e saia
(Marcos Siscar)
Abraços,

Renata M.

21 de mai. de 2009

Por onde andei?

Tenho que admitir que sou completamente relapsa com minhas amizades.
Eu amo meus amigos, amo mesmo; só tenho dificuldade de regar a plantinha todos os dias!
Outro dia comprei um pé de manjericão e o negócio morreu em uma semana... Quando lembrei dele, já estava todo esturricado...seco...
Tenho esse problema grave... É um amnésia de contato, mas não de sentimentos.
Lembro de pelo menos uns 3 de meus amigos todos os dias...

Hoje mesmo eu lembrei do dia que o Neto arrotou na aula de Latim e o Aquati quase arrancou nossas cabeças - eu ri tanto.

Sou um mar de lembranças. Não esperava saber pela internet que uma das pessoas mais significantes de minha vida e adolescência está esquentando uma vidinha dentro dela!

Ela está lá se sentindo mãe e queria poder compartilhar isso comigo, mas eu fui incapaz de estar por perto.


Dia 4 de Julho vou pra Rio Preto pro chá-de-bebê dela com um presente bem lindo, encho aquela linda de beijos, peço milhares de desculpas, peço pra ela deixar eu fazer parte da vida do pequeno Gabriel, peço pra ela não me esquecer nunca, peço pra ela me avisar do nascimento que eu vou mil vezes pra Rio Preto pra conhecer o Gabriel.


Eu amo tanto meus amigos... Eu amo tanto.

Eu sei que parece que não! Que parece que eu não nem aí, que eu sou fria e o escambau, mas gente, eu amo e tenho dificuldade em lidar com isso!



Uma outra pessoa extremamente especial tem me ensinado - sem querer - a lidar com esse carinho de amigos. A Carol me ensina todos os dias que devemos demonstrar o que sentimos por nossos amigos.

Acho que algumas pessoas me traumatizaram tanto que eu precisei da Carol pra entender que não é assim pra sempre.
Queria não ter nunca tido contato com a Michelle, pois ela me mostrou que pessoas não sabem ser responsáveis por aquilo que elas cativam, mas sabem fazer um bom uso do ser cativado.

Não suporto ser sapato velho.

Mas passado o ressentimento fica o Gabriel. Ele vai vir cheio de vida, talvez com olhos lindos da mãe, talvez com uma boquinha desenhada, talvez com um queixo delicado, talvez com pernas fortes, talvez com um chorinho doce.


Quero deixar claro para os meus poucos amigos que, mesmo longe e sem ligar (no sentido de telefonar) para vocês, eu quero saber de tudo; eu quero participar de tudo! Não quero perder nada que marque vocês, porque eu amo cada segundo que nós teremos juntos!


Ric, sei que não estive do seu lado num momento difícil, mas me preocupei com você a cada segundo!


É foda não ter dinheiro pra ligar pra todos, mas eu não esqueço nada.



André, Mari, Ric, , Ike, Ju, Bela, Neto, Lês, Carla, Junior, Marcia, Ludo, Carol, Fernanda, Tonhão, Tusky, Bitu, mãe, pai.


"You´re always on my mind".

7 de mai. de 2009

Do Amor...


Ele me pegou num dia em que eu queria qualquer um que fosse bonitinho e meio inteligente. Não foi antes. Não foi na festa de despedida, não! Lá, eu nem me apaixonei. Senti o gosto e aprovei, só. Mas foi naquele dia, que aconteceu.


Eu andava muito mais sozinha do que meu normal. É óbvio que tinha montes, pencas, manadas de "amigos", mas eles não serviam pra preencher um espaço mínimo de vazio em mim, apenas me faziam rir e beber (muito).


Eu achava que sabia do amor e do amar, mas naquela época não entendia nem o Amor que sinto pelo meu pai, minha mãe, meu irmão e minha vó (todos diferentes entre si). Achava que já tinha amado um "homem" e que não saberia amar duas vezes (mesmo porque nunca acreditei que é possível amar - de verdade - mais que uma vez na vida).


Não estou desmerecendo as paixões que tive antes do amor em minha vida, apenas estou situando as coisas em seu devido lugar.

Como saber se agora não é mais uma paixonite (mais severa que as anteriores)?

Sabendo. Sinto aqui dentro de mim, espalhado por todo meu corpo uma alegria doida de saber que somos nós. Não quero mais ninguém, só ele. Quero esse sentimento nosso, quero essa felicidade nossa, quero essa Renata que só voltou a existir porque ele passou a existir.


É difícil entender sentimentos. Na verdade, é impossível entender sentimentos, por isso são sentidos, não pensados.


Foi naquele dia fraco pra mim que encontrei o Amor.

Não quero narrar nada do que aconteceu naquele dia... Não dá pra descrever, mas soube naquele mesmo dia que iria amá-lo até hoje.


O cheiro dele, o olhar, a boca, o hálito, os cabelos, as mãos, os pelos, a voz, o jeito, as falas, os pensamentos, a forma como ele respira, a forma como ele fala, a criatividade, o sorriso (lindo demais!), o movimento que os lábios dele fazem para me chamar, o silêncio dele, a risada, o choro, o carinho, o sussurro, o consolo que ele me dá, a força, a vitalidade, o todo.


Amo e descobri que amo sentindo.

Pela primeira vez na minha vida, senti que amo e não me questionei. Não pensei: será que amo? Isso é Amor?

Apenas abri minha boca inconscientemente num dia gostoso e falei que o amava e ele retribui com a mesma emoção, com o mesmo batimento cardíaco, com a mesma força.


Hoje faz dois anos e um mês que ele aceitou estar socialmente comigo, namorando.

Faz dois anos e uns dois meses e pouco que tive certeza que a partir daquele dia besta iria conhecer o Amor.

Faz dois e uns dois meses que ele alegra meus dias (às vezes entristece, às vezes enlouquece, às vezes ...) e me dá a possibilidade de compartilhar da vida dele.


Já o Amor que tenho pela minha família fica pra outro post.


Degustem:

Crônica de Amor


Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não-fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta.


O amor não é chegado a fazer contas, não obedece a razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar. Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais. Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca. Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera. Você ama aquela petulante. Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores que ela deixou a seco. Você gosta de rock e ela de chorinho, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina o Natal e ela detesta o Ano Novo, nem no ódio vocês combinam.


Então?


Então que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome. Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário.


Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro, e é meio galinha. Ele não tem a maior vocação para príncipe encantado, e ainda assim você não consegue despachá-lo. Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita de boca, adora animais e escreve poemas. Por que você ama este cara? Não pergunte para mim. Você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes os irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem o seu valor. É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura por computador e seu fettucine ao pesto é imbatível. Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém... Com um currículo desse,criatura, por que diabo está sem um amor?


Ah, o amor,essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados. Não funciona assim. Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível. Honestos existem aos milhares, generosos tem às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó! Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é!


Roberto Freire

5 de mai. de 2009

Falta tempo.

Queria escrever milhares de coisas aqui! Estou um saco cheio de fatos e sentimentos pra contar, mas me abstenho disso pela falta de tempo.

Camões me chama para uma infeliz análise de duas estâncias d'Os Lusíadas. Assim que puder, eu volto.

Talvez eu reclame da Virada Cultural... Talvez eu coloque um poema...

Enquanto isso, se entretenham com esse programa: "Whose line is it anyway".

23 de abr. de 2009

Espreguiçando no destino?

A verdade é que eu sou humana, demasiadamente humana.
Tenho altos e baixos incríveis!
Credito esse problema ao fato de eu não me conhecer ainda. Eu trabalho com algo em que não consigo me projetar por mais de dois anos suportando... Não é minha praia...
Tem hora que eu só quero ganhar na mega-sena (sou tão excêntrica, não?) e fazer o que eu quiser!
Porra, tem coisa demais pra eu viver! Tem certeza que eu tenho que ficar naquele escritório preocupada com os outros e não comigo?
Tem certeza que eu quero passar seis horas do meu dia sentada? Que eu quero resolver problemas alheios?
Estou vivendo uma adolescência prolongada, pois, apesar de morar sozinha há tempos, sou muito dependente e ainda não sei o que quero para mim.
Quero ganhar na mega-sena. Quero ser lembrada. Quero o Victor, como eu o quero! Quero viver para escrever, para costurar, para maquiar, quero coisas triviais para mim!
Não preciso de multinacionais, sabe?
Eu sou meio hippie às vezes... Sossego...
Não é a cidade que me contamina. Eu tenho desenvolvido uma alergia psicológica e sentimental à Sampa, mas quem a está desenvolvendo SOU EU - só precisava admitir isso.
Eu tenho feito dos meus dias uma rotina - como a maioria faz - que vai me conduzindo para a marginalidade mental.
Minha criatividade está cada vez mais destreinada e desterrada.
Meus livros estão no aguardo entre um Bakhtin e um Paulo Freire.
Fiz Letras para viver da leitura de minhas paixões, mas o que eu amo não está previsto em nenhum curso!
Cadê Roberto Freire? Ele é genial!
Cadê Art Spiegelman?
Cadê Sartre?
Cadê meus queridos filósofos?
Por incrível que pareça, não há Filosofia no curso de Letras. Estamos sendo "criados" para sermos rebanho, jamais pastores.
Maldita hora que eu fui para uma universidade confessional... Mas na Unesp não tinha tudo o mesmo cheiro de bosta?
Na verdade uma alma descontente não se contenta com o laico, nem com o confessional... Perco tempo idealizando.
Coisa de gente mimada.
É coisa de gente mimada não saber o que quer ou é coisa de gente?
Tem gente que me enche de merda só de ouvir a voz. Puta que me pariu! Por que não paga logo o que me deve, daí não tenho mais que ouvir sua voz!
Leiam Cléo e Daniel (Roberto Freire) e me digam: o que é amor pós-Roberto Freire?
Ele ainda existe? Só existe a partir daí? Ele morreu?
Eu amo.

7 de abr. de 2009

Se eu fosse Deus....

Ontem eu sofri um assalto. Não, não estou confundindo furto com roubo. O rapaz estava com uma arma cortante que eu não ver o que era, mas pude sentí-la logo abaixo do meu estômago e um pouco mais para a direita.
Além da faquinha - ou canivete ou qualquer outra coisa - tive que aguentar uns três tapas fortes em minha cabeça, empurrões e muitos, mas muitos xingamentos da parceira de crime do rapaz que estava com o canivete.
Ainda bem que não fizeram nada de mais, não me machucaram, não levaram coisas de muito valor, apenas um celular que tinha um certo valor sentimental por motivos meus, mas que não faz mal.
Eu chorei um tempão. Estava esperando o ônibus depois de um dia relativamente cansativo de trabalho e faculdade, preocupada com trabalhos, projetos e provas a serem feitas, de repente chegam duas pessoas cujos objetivos de vida são: roubar pessoas no ponto de ônibus.
Roubar de um jeito maldoso, querendo humilhar.
No ônibus não chorei, me fiz de forte o quanto pude, mas quando cheguei em casa, eu fracassei.
Estava transpirando São Paulo pelos poros. A cidade cinza que tanto permeia meus textos, crônicas e sonhos. A cidade que me deu e despedaçou sonhos. Uma cidade que maltrata pulmões e bolsos, narizes e emoções. Cidade que gera mais mendigos que dinheiro. Cidade que inventou a "síndrome do pânico", o trânsito, o "estresse", a "depressão" e, concomitantemente, a Augusta e seus modernos frequentadores e os sujos shows de rock, as cocotas do Iguatemi, o "bilhete único" e o "corredor de ônibus".
Sinto falta do interior... Por mais que eu não suportasse a ideia de morar em Rio Preto, a ideia de continuar na capital paulista me parece assustadora, mais que isso, me parece suicida.
Não sei qual é a taxa de suicídios em São Paulo, mas me lembro de 5 casos de pessoas que pularam na frente do metrô.
Não, não quero me matar e nem quero que esse post, depois de tanto tempo de silêncio no antigo blog tequileiro, seja depressivo. A questão é que às vezes eu não consigo lembrar porquê estou aqui. Juro que tento me lembrar e não consigo.
Sei porque vim, acho que quem olhar rapidamente os post mais antigos descobrirá rapidamente, mas não sei por quê permaneço.
Odeio lembrar as coisas que vivi aqui. Odeio lembrar alguns nomes de algumas pessoas perdidas que - graças a mim - perdi.
Não gosto de lembrar do apartamento da Alameda Barros. Gosto de muitas coisas no meio da fumaça de ressentimento e poluição.
Ontem eu senti que o mundo tinha que acabar a começar de novo. É uma ideia infantil, estúpida, mas se eu fosse Deus iria analisar a ficha de cada ser vivente e ver se ainda vale a pena.
Parece que a humanidade se reinventou tanto para chegarmos a idade do medo.
Se eu fosse Deus... É por isso mesmo que não sou...