10 de jun. de 2008

Salve simpatia!

Bem, vamos atualizar as informações e aproveito a hora para também dizer que estou pensando seriamente em abandonar meu Blog.
Nada trágico, mas eu tenho sido muito displicente e eu quero me livrar de tudo em que sou displicentes, pois ela é sinal de desinteresse.
Planejo montar posterior um outro Blog com outra "cara", outra proposta, outro tudo, não obstante comigo.
Talvez anuncie aqui, talvez não.
A USP... Ah... Saudosa USP... Ficou no passado. Eles invadiram a reitoria, a FFLCH é sempre muito hippie e eles param por qualquer coisa... Daí eu fiquei gastando uma grana para ir e voltar da facul, chegar lá não ter aula.
Conheci o Victor que foi me colocando no eixo enquanto me erguia do chão e prefiria ficar com ele ao invés de ir lá e saber que não ia ter aula. Eis que eu descubro que Literatura Francesa TINHA aula, mas ela mudava de sala sempre.
Enfim, a displicência e a falta de auto-conhecimento levaram ao abandono do meu intercâmbio.
Feio? Com certeza.
Decidi cursar Rádio e TV, pois achei que o curso tinha tudo a ver comigo!
Entrei em uma facul meio fraca e de playboy (mas não sabia disso até entrar lá) e comecei o curso.
Percebi que eu era uma das mais velhas da sala e tive a fantástica oportunidade de conhecer 3 pessoas maravilhosas (daquelas que são capazes de mudar completamente sua vida): Gisele, Maurício e Daniel.
A Gisele e o Daniel davam aula juntos (uma puta novidade para minha cabeça quadrada) e era uma loucura! Ela fala muito, quase sem parar, mas tudo de uma forma claro e simples - ensinava a História do Rádio e se não fosse ela, teria desistido do curso antes, mas por ela desisti depois.
O Maurício é um musicólogo formado na USP e que só queria tirar sua grana lá na Anhembi e para isso tinha que se sujeitar a dar aulas do que fosse requisitado - eis que ele caiu em semiologia. Musicólogo louco + semiologia = aulas fantásticas.
Ele deu um puta trabalho de análise de imagem e eu aprendi muito com esse cara (Ah! ele vai lançar um livro sobre a influência da música do Brasil período colonial nos dias de hoje - bem louco, né?).
O Daniel tinha um aspecto frágil, mas é um cara muito antenado, muito disposto a ajudar e que sabe muito de acústica do som.
Ele e a Gisele foram tudo para mim naquele semestre. Sua imensamente grata a eles.
No fim do semestre a Gisele me falou que me achava fantástica, mas não para o que aquele curso proporciona, pois ela me achava muito intelectual e falou: Pô, volta para Letras, cara, mas volta para a UNESP! (por coincidência ela é de Rio Preto também e curso Tradução na mesma UNESP que eu, acho que por isso ela deu uma adotada em mim...).
Eu pensei, pensei, pensei, olhei pro meu namorado, senti, pensei, arrumei um bom emprego, pensei, pensei, Mackenzie?, pensei, pensei, fodeu. Fiquei em São Paulo e abandonei a UNESP.
Por amor? Sim! Por trabalho? Não. Por orgulho? confesso que sim também.
Estou no Mackenzie, cursando Letras, achando tudo meio boçal ainda que interessante e aprendendo minha terceira língua: Espanhol!
Confesso que a gente erra e cansa de errar, mas tenho certeza que tudo vai dar certo, porque está dando.
Estou feliz com o meu namorado, estou feliz com minha casa, com minha vida - nada é como eu sonhei (por enquanto), mas tudo é melhor do que eu esperava.
Agradeço todas as pedras, pois criou calos fortes e agora eu posso pisar em qualquer solo que, por mais adverso que seja, será macio.

4 de jun. de 2008

Um post para Maria...

O post de hoje é dedicado para uma mulher muito linda e especial: Maria, colega de trabalho que sempre me fazia companhia durante os meus almoços sem graça.
Hoje eu cheguei no meu trabalho e todos estava meio assustados e preocupados com a Maria... Ela havia passado mal e ido para o hospital, mas ninguém tinha notícias.
Quando voltei do meu almoço, que havia sido mais solitário que o normal, pois faltava a Mary, vejo todos chorando.
Doeu, dói e não sei até quando meu olhos irão arder ao pensar nela.
Apenas uma palavra e um acontecimento tão pesado, tão... não tenho mais sentimentos. Aneurisma.
Saí de perto de todo mundo e foi chorar forte no banheiro e como doía!
Eu pensava: por que? porque isso foi acontecer desse jeito tão violento?
E não conseguia entender a morte por muitos minutos. Pensei no Schopenhauer e sua filosofia de aceitação da morte, mas não dava! É foda demais!
Quando voltei à loja, ainda chorando manso, tenho o relato de como foi...
Me contam: perguntei o que ela estava sentindo. Ela respondeu, virou a cabeça para mim, sorriu e tombou no chão.
Meus pensamentos, sentimentos, meu todo, vai estar com a Maria.
Eu fico a imagem dela toda feliz por tantas coisas! Era uma pessoa que, apesar de faxineira, de não ter grana, de não ver a família há anos, de um monte de coisas ruins, ela era feliz demais!
Essa é a Maria linda que eu tive a sorte de ter tido na minha vida:
"Maria, Maria
É o som, é a cor, é o suor
É a dose mais forte e lenta
De uma gente que rí
Quando deve chorar
E não vive, apenas aguenta
Mas é preciso ter força
É preciso ter raça
É preciso ter gana sempre
Quem traz no corpo a marca
Maria, Maria
Mistura a dor e a alegria
Mas é preciso ter manha
É preciso ter graça
É preciso ter sonho sempre
Quem traz na pele essa marca
Possui a estranha mania
De ter fé na vida...."
Um post de silêncio, tristeza e vazio.