15 de mar. de 2010

Pax de trois

Daí ele vem e me diz que "as palavras são insuficientes, não mostram a verdade"...
Não preciso dela.
Não a quero e nem a sinto.
Ele versifica que eu arrasto tudo pra dentro de mim; que eu sou como um imã. Não. Como o pólo positivo de um imã e que o mundo todo e tudo são pólos negativos.
Eu só sorrio.
Ele me diz: "Creio que foi o sorriso,/o sorriso foi quem abriu a porta. /Era um sorriso com muita luz/lá dentro, apeteceia/entrar nele, tirar a roupa, ficar/nu dentro daquele sorriso./ Correr, navegar, morrer naquele sorriso".*
Suspiro e soluço e tremo e me inqueito.
Depois dele, não há mais paz.




*Os versos são do poeta Eugénio de Andrade

Um comentário:

Tatiana Pinheiro disse...

E para que paz?

Eu quero tudo. Inclusive o desespero! =)

=*